segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Meu palmeiras vai jogar, junto dele sempre estou



Alma Palestrina retrata com o olhar apaixonado de um palmeirense a vida esportiva de outro tempo. Um tempo em que a voz do coração valia mais que o doce encanto das liras estrangeiras.


Imagine um jogador de futebol que também teve sucesso na prática do atletismo, do vôlei, do basquete e do tênis de mesa, sempre defendendo as cores de um mesmo clube. E mais, depois de tudo isso se tornou árbitro, tendo sido convidado para apitar a partida inaugural do Estádio do Pacaembu. Conhece alguém com esse perfil? Talvez para os tempos atuais seja inimaginável uma pessoa conseguir essa proeza, mas a torcida de um dos times mais vencedores do Brasil pode se orgulhar de ter tido um esportista assim presente em sua história.
Trata-se de Ettore Marcelino Domingues, ou só Heitor, como ficou conhecido pela torcida do Palmeiras, clube do qual é o maior artilheiro de todos os tempos, com 284 gols. Foi o primeiro grande ídolo do time, nas décadas de 1920 e 30, quando este ainda se chamava Palestra Itália.
Mas apesar de tantos feitos, o nome ainda é desconhecido por grande parte da massa palestrina. Heitor viveu em um período no qual a cobertura esportiva ainda era incipiente, razão pela qual há poucos registros sobre sua história, apesar de ter-se eternizado no coração de um povo. Com o objetivo de preservar essa memória, o fanático palmeirense Fernando Razzo Galuppo publica agora pelo selo “Paixão entre Linhas, da Editora Leitura”, Alma Palestrina.
Mais do que uma biografia do genial Heitor, Alma Palestrina é uma forma de gratidão a quem começou uma história gloriosa nos gramados do mundo inteiro. E, como diria o autor Galuppo, uma homenagem a um exemplo de disciplina, dedicação e superação, qualidades que definem a chamada conduta palestrina, perpetuada ao longo das gerações pelas famílias palmeirenses.
E essa transmissão do amor pelo Palmeiras de pai para filho, seguindo a indicação do avô, é bem retratada em outro livro sobre o Verdão. Por Nosso Alviverde Inteiro é uma história em quadrinhos, destinada às crianças, na qual cinco jovens palmeirenses narram toda a história palestrina. Feito na medida para aqueles que estão dando seus primeiros passos no Estádio Palestra Itália.
Mas a trajetória alviverde é esmiuçada mesmo, de Heitor a Marcos, em O Time do Meu Coração. Também organizado por Fernando Razzo Galuppo, este pocket book é um verdadeiro guia que trás todas as informações essenciais sobre o Verdão. Com capítulos dispostos de uma maneira que facilita a leitura, a obra oferece ao leitor todo o histórico do clube, década a década, fichas dos principais jogos, todos os títulos, atletas que mais defenderam o time, maiores artilheiros, patrimônio e muitas curiosidades.
Alma Palestrina, Por Nosso Alviverde Inteiro e O Time do Meu Coração fazem parte da coleção de estreia do selo Paixão entre Linhas. São obras que podem ser compradas juntas, em um kit, ou separadamente, e transmitem a memória do Palmeiras a torcedores-leitores de todas as gerações e diferentes gostos.
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Entrevista de Fernando Razzo Galuppo, autor do livro Alma Palestrina

O que faz do Palmeiras um clube diferente de todos os outros? Por que o torcedor do Verdão deve ter orgulho de seu clube?
O volume de conquistas nas mais de 36 modalidades ao longo dos seus 95 anos é o que mais diferencia o Palmeiras das demais equipes brasileiras e mundiais. O Palmeiras é um sonho olímpico que ultrapassa gerações, além de estar entre as principais equipes do futebol mundial. Para se ter uma ideia, o Verdão foi aclamado no ano 2000 como o Clube Campeão do Século XX tanto no futebol quanto no futebol de salão, por haver conquistado os principais títulos oficiais que disputou. O Palmeiras é o único clube mundial que vestiu a camisa da seleção nacional do seu país no basquete, futsal, hóquei e futebol. O orgulho de ser palmeirense começa a partir do momento em que o clube supera duas Guerras Mundiais, crises internas e externas, pressões políticas e perseguições pela sua ascendência e raiz italiana na sua iluminada fundação, que levaram a instituição a mudar de nome de Palestra Itália para Palmeiras. Para o palmeirense, o seu clube está além da esfera esportiva. É um estado de espírito que está acima de ganhar ou de perder. É uma tradição que se renova de pai para filho. Ele vive o Palmeiras 24 horas por dia de modo visceral e apaixonado. Para o palmeirense não existe o meio termo. Ou estamos no céu. Ou estamos no inferno. Nunca inertes. Sempre inovando através do seu característico pioneirismo, seja nas arquibancadas ou nas ações promovidas pela instituição.

Cite um jogo inesquecível na trajetória do Palmeiras.
Não dá para citar apenas um jogo marcante na vida do Palmeiras. Todo jogo do Palmeiras é inesquecível. Mas, para constar: Palmeiras 4 a 0 no Corinthians em 12/6/1993. Vitória épica que tive o imenso prazer de assistir ao lado do meu querido pai no estádio do Morumbi. Ao longo da história, gostaria de estar presente no estádio nos seguintes jogos: Palestra Itália 2 a 0 no Savoia em 1915, Palestra Itália 2 a 1 no Paulistano em 1920, Palestra Itália 8 a 0 no Corinthians em 1933, Palmeiras 3 a 1 São Paulo em 1942, Palmeiras 2 a 2 Juventus da Itália em 1951 e Palmeiras 3 a 0 Seleção do Uruguai em 1965.

Quais os maiores ídolos da história do clube?

Os meus ídolos palmeirenses que nunca tive o prazer de vê-los jogar, e daria tudo nesta vida para ter este privilégio, são: Heitor, Ministrinho, Lima, Junqueira, Waldemar Fiume, Oberdan Cattani, Dudu e Ademir da Guia. Já aqueles que acompanhei como torcedor no campo são: Velloso (meu primeiro grande ídolo), Careca Bianchesi, Cesar Sampaio, Evair, Edmundo, Zinho, Galeano, Edmundo, Arce, Marcos, Vagner, Valdivia  e Kleber.

No processo de elaboração do livro, houve alguma informação sobre o clube que o surpreendeu?
Sem dúvida que sim. A riqueza moral, social e esportiva da gente palestrina-palmeirense no período pesquisado [décadas de 10, 20 e 30] é algo que nos faz repensar a nossa conduta nos tempos atuais. A cordialidade. A harmonia.  A perseverança. O amor. A superação. O espírito combativo e empreendedor daquela gente é o maior patrimônio que nos foi legado. Resgatar estas premissas é missão de fé de todos aqueles que respeitam e amam o Palmeiras, para que os nossos filhos e netos possam sentir este mesmo orgulho que senti – e sinto – quando mergulho naquela época.

Qual o episódio mais curioso da história do Palmeiras?
São diversos. Mas o mais emblemático é a conquista palmeirense do Mundial Interclubes em 1951. Creio que ali é o ápice de um sonho alimentado durante anos e anos por aquele grupo de imigrantes italianos que fundaram o Palestra Itália nos idos tempos e tiveram a dignidade e o mérito de superar todos os obstáculos que lhes foram impostos e colocaram o nome do Palmeiras  em letras douradas no patamar mais alto da esfera esportiva.

Para terminar, o que acha da dobradinha entre futebol e literatura?
Acho vital. A literatura é uma ferramenta imprescindível para elevarmos a cultura do nosso povo. O futebol é uma linguagem universal que toca o coração dos brasileiros. Ter o privilégio de unir estes dois hemisférios é algo gratificante. Pois, além de um resgate histórico, estamos plantando uma semente que poderá germinar e mudar toda a humanidade. O homem sem a sabedoria contida nos livros estaria relegado a um destino errante.
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PALMEIRAS MEMÓRIA
Autor: FERNANDO RAZZO GALUPPO
Gênero: LITERATURA ESPORTIVA
Preço: 29,00
Acabamento: CAPA 4 CORES COM VERNIZ LOCALIZADO / MIOLO OFFSET 1x1
Formato: 16 x 23
N° de Páginas: 296
N° de ISBN: 9788573589290

 




PALMEIRAS POCKET
Autor: FERNANDO RAZZO GALUPPO
Gênero: POCKET BOOK ESPORTIVO
Preço: 12,90
Acabamento: CAPA 4 CORES COM VERNIZ LOCALIZADO / MIOLO OFFSET 1x1
Formato: 13,5 x 17
N° de Páginas: 104
N° de ISBN: 9788573589283
 

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Museu do Futebol inaugura a exposição "Ora, Bolas! O Futebol Pelo Mundo"

 
 

Museu do Futebol inaugura a exposição "Ora, Bolas! O Futebol Pelo Mundo"

 

Mostra inédita leva ao público mais de 50 imagens de registros do futebol ao redor do mundo. Vídeos e uma vitrine com bolas oficiais das Copas desde 1970 completam a exibição.

 

 

No dia 05/12, o Museu do Futebol – instituição do Governo do Estado de São Paulo, localizado no Estádio do Pacaembu – inaugura a mostra "Ora, Bolas! O Futebol Pelo Mundo". Com patrocínio da adidas, a exposição traz 51 fotos que mostram como um jogo de futebol pode ser improvisado em plena Muralha da China ou em um mosteiro budista em Mianmar.

 

Das imagens reunidas, 37 são do fotógrafo Caio Vilela, que pela primeira vez terá suas fotos expostas. As outras fazem parte das coleções editoriais e criativas da Getty Images Brasil, uma das mais respeitadas agências de criação e distribuição de conteúdo visual e multimídia. A mostra conta também com o apoio da Epson do Brasil para a impressão das fotos e fornecimento dos projetores utilizados na exposição.

 

Vídeos e textos levam aos visitantes informações e curiosidades sobre o futebol jogado em 24 países, como Iemên, Suazilândia, Camboja, entre outros. Quem for à exposição também terá a oportunidade de conferir uma vitrine com os modelos das 11 bolas, fabricadas pela adidas, das Copas do Mundo de 1970 até 2010.

 

As imagens retratam como a paixão pelo futebol é capaz de unir diferentes povos. "Não é difícil entender por que o futebol é um fenômeno mundial", diz Caio Vilela. "Jogar ou assistir, xingar ou aplaudir, brilhar ou trapacear. Há várias formas de participar", completa.

 

Caio começou a registrar o futebol de rua há cinco anos, durante suas viagens como jornalista da área de turismo. Durante esse tempo, flagrou curiosidades do esporte pelos cinco continentes. Suas fotos foram publicadas no livro "Futebol sem Fronteiras" (Panda Books), e tem seu lançamento marcado para o mesmo dia da abertura da mostra.

 

Para completar a mostra, a artista convidada Regina Silveira terá sua obra "O Jogador" (1981) exposta ao público. Professora da ECA-USP, a artista é conhecida desde a década de 1980 por obras que exploram perspectivas e sombras a partir do uso de diversos materiais.

 

A exposição pretende trazer ao visitante a cultura e os costumes de outros países e mostrar como o esporte aproxima as sociedades. A curadoria fica a cargo do jornalista esportivo e apresentador da Espn, Marcelo Duarte e do designer e editor de arte de diversas publicações, Augusto Lins Soares.