sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Integrante do Projeto Arqueria Indígena do Amazonas é convocado para a seleção brasileira de Tiro com Arco

Jovem de 17 anos do projeto da Fundação Amazonas Sustentável (FAS) se apresenta no próximo dia 05 de janeiro
 
Manaus, 19 de dezembro de 2014 - O atleta amazonense Dream Braga da Silva, da etnia Kambeba, localizada no rio Cueiras, na Área de Proteção Ambiental (APA) do Rio Negro, é o novo integrante da seleção brasileira de Tiro com Arco. O Arqueiro Indígena se junta a outros sete na lista de convocados pela Confederação Brasileira de Tiro com Arco (CBTARCO) que deve se apresentar no dia 05 de janeiro de 2015, no Rio de Janeiro. O anúncio foi feito na última terça-feira (16/12).

Dream é integrante do projeto Arqueria Indígena, da Fundação Amazonas Sustentável (FAS) que conta com a parceria do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado da Juventude, Desporto e Lazer do Amazonas (Sejel), a Federação Amazonense de Tiro com Arco (FATARCO) e apoio da Confederação das Organizações e Povos Indígenas do Amazonas (Coipam), Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) e a Secretaria de Estado para os Povos Indígenas (SEIND).  O Projeto conta com o apoio financeiro da BEMOL, por meio da Lei do Esporte. O jovem de 17 anos pratica o esporte há apenas um ano. Iniciado em 2012, o projeto visa contribuir para a popularização da arqueria e fortalecer a imagem e autoestima das populações indígenas da Amazônia. 

"Esse é mais um resultado extremamente positivo deste projeto: uma iniciativa pioneira e ousada empreendida pela FAS e instituições parcerias. Os jovens arqueiros indígenas, com menos de um ano de treinamento, ganharam medalhas de ouro (2), prata e bronze (2) no último Campeonato Brasileiro. A convocação do Dream é uma utopia se transformando em realidade. Nossa meta é participar da Olimpíada Rio-2016 e conquistar uma medalha. Isso parecia totalmente impossível quando  idealizamos o projeto e agora já é uma possibilidade concreta", afirma Virgílio Viana, superintendente geral da FAS e idealizador do projeto.

A convocação vem logo após Dream participar de duas competições nacionais no Rio de Janeiro. Em uma delas, o 7º Campeonato Brasileiro Infantil, Cadete e Juvenil Outdoor, conquistou a medalha de bronze na Equipe Mista Arco Recurvo Juvenil. 

"Dream foi o primeiro menino, da primeira seletiva nas comunidades, a ganhar o ouro. Estamos muito felizes que o nosso principal objetivo, a inclusão e integração social, está criando frutos. Para nós este já é o ouro", afirma Marcia Lot, coordenadora do projeto e caça-talentos responsável por encontrar os jovens nas comunidades do Amazonas.

A iniciativa foi aprovada na Lei de Incentivo ao Esporte (Lei nº 11.438/06), na portaria que estabelece 100% de benefícios fiscais para pessoas físicas ou jurídicas ao estimularem o desenvolvimento do esporte nacional, por meio da doação para projetos desportivos e para-desportivos. O projeto conta com patrocínio do Grupo Bemol/Fogás, do Amazonas.

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Circuito Petrobras de Vela é realizado em Porto do Mangue


FOTO AGÊNCIA PETROBRAS
O Rio Grande do Norte recebeu no último final de semana a terceira etapa do Circuito Petrobras de Vela 2014. Durante os três dias, Porto do Mangue foi palco de atividades esportivas, educativas e culturais. O evento teve o apoio da prefeitura do município, da Colônia de Pescadores Z-17 e da Capitania dos Portos do RN, parceira do evento em todo o estado.
Com abertura na sexta-feira (21/11), foram realizadas atividades para as crianças, palestras sobre o Programa de Comunicação Social Regional (PCSR) e do Projeto de Monitoramento do Desembarque Pesqueiro (PMDP), além da palestra da Capitania dos Portos sobre segurança de navegação, leitura do regulamento da regata e entrega dos kits aos competidores náuticos.

No sábado à noite, a comunidade participou de uma sessão de cinema ao ar livre com o filme "Os Croods" e uma apresentação cultural local. O encerramento foi no domingo (23/11), à tarde, quando aconteceu o anúncio e premiação dos campeões das competições náuticas e esportivas.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Atletas têm melhor situação financeira após carreira

Cacilda Luna, da Assessoria de Imprensa da FEA

Algumas carreiras são mais dinâmicas e têm ciclos curtos, como a dos esportistas de alto rendimento. Em determinado momento, apesar de jovens, eles são obrigados a se aposentar precocemente e pensar em outro meio de subsistência. Essa transição dos ex-atletas, alguns deles consagrados medalhistas olímpicos, para a nova realidade profissional foi objeto da tese de doutorado de Lina Eiko Nakata, defendida recentemente na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP. O objetivo do trabalho foi identificar e analisar os fatores que influenciam o processo de transição no encerramento da carreira esportiva. Os ex-atletas relataram uma melhor situação financeira pós-carreira esportiva e também se mostraram satisfeitos com os dois momentos de sua vida profissional.


Transição de carreira para maioria dos atletas entrevistados foi bem realizada
Com o título A transição de carreira do ex-atleta de alto rendimento, o estudo foi orientado pela professora Tania Casado, do programa de pós-graduação em Administração. Teorias de carreira esportiva são pouco estudadas na academia e há pouca ou nenhuma preparação para que esse profissional continue trabalhando após sua aposentadoria. Segundo Lina Nakata, as contribuições deste trabalho foram direcionadas aos atletas, às organizações esportivas, às universidades, aos pesquisadores da área de administração e aos gestores de políticas públicas.

Lina entrevistou 13 ex-atletas de modalidades individuais, dos quais 10 disputaram Jogos Olímpicos e seis tornaram-se medalhistas. Os entrevistados tinham entre 32 e 47 anos e vieram de modalidades como atletismo, natação, tênis, tênis de mesa, canoagem e esgrima. Todos encerraram suas carreiras nos últimos 10 anos. O mais jovem se aposentou aos 27 anos e o mais velho, com 44 anos.
Apesar dos desafios enfrentados pelos atletas serem complexos quando deixam suas práticas de alto desempenho para terem uma nova atuação profissional, os resultados da pesquisa mostraram que as transições de carreira para a maioria dos esportistas entrevistados foram bem realizadas, independente de terem continuado ou não no contexto esportivo. Um dado que surpreendeu a pesquisadora foi o fato dos ex-atletas relatarem uma melhor situação financeira pós-carreira esportiva e também de terem se mostrado satisfeitos com os dois momentos de sua vida profissional.


Aposentadoria
Em relação à tomada de decisão para a aposentadoria, 10 entrevistados declararam que ela foi voluntária, dois afirmaram que foi involuntária e um ainda está fase de transição. A pesquisadora ressaltou que, de um modo geral, quatro causas motivam a aposentadoria na carreira de um atleta de alto desempenho: lesão, idade, não seleção e livre escolha. A livre escolha foi a causa mais citada por sete dos respondentes. Também são citados na literatura, de acordo com Lina, o desejo da mudança e outros interesses pessoais, como constituir família.
Em alguns casos, as lesões costumam ser, isoladamente ou não, motivo para o término da carreira esportiva. Ao analisarem sua trajetória esportiva, apenas três apontaram a lesão como o único motivo para a aposentadoria. Entretanto, sete mencionaram a lesão como um ponto marcante na carreira, pois afetou de forma negativa sua performance. “De uma forma geral, eles mostraram que as lesões geram traumas e certo medo, além de serem razões importantes que apontam para a aposentadoria”, afirma a pesquisadora.

Para cinco dos entrevistados, a preocupação com a aposentadoria esteve ausente na maior parte da carreira. No entanto, segundo a pesquisadora, existem dois fatores que acendem o sinal de alerta para o esportista e nesse momento ele se dá conta de que a carreira tem dias contados: à medida que seu rendimento cai, e quando ele percebe que atletas mais jovens estão chegando, aumentando o risco de concorrência.

Lina Nakata destaca, ainda, que foi relevante verificar a importância de se manter uma rede de relacionamentos forte a fim de que a transição para a aposentadoria seja positiva e para que o processo se inicie já na própria carreira atlética. O apoio, formal ou informal, segundo ela, pode trazer resultados mais positivos, entre eles a satisfação do esportista, perspectivas, resultados na nova carreira e confiança do ex-atleta.
Foto: Marcos Santos / USP Imagens

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Virada Esportiva terá mais de 2.000 atividades espalhadas por toda a cidade


Oitava edição da Virada Esportiva, que acontece nos próximos dias 20 e 21, terá 32 horas de atividades de esporte e lazer em 400 endereços. Mais de 3,6 milhões de pessoas devem participar do evento



domingo, 7 de setembro de 2014

Aldemir Gomes conquista a 3ª de ouro no Brasileiro Caixa Sub-23

Aldemir Gomes Junior (Fernanda Paradizo/CBAt)

São Paulo - Aldemir Gomes Júnior (RJ) teve um fim de semana perfeito. Ele conquistou três medalhas de ouro no Campeonato Brasileiro Caixa Sub-23, que termina na tarde deste domingo, dia 7, no Estádio Adhemar Ferreira da Silva, no Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa, na Vila Clementino, em São Paulo (SP). 

Além das medalhas, o atleta que integrou a equipe olímpica do Brasil em Londres-2012, bateu o recorde do torneio nos 100 m e ajudou o time carioca a fazer o mesmo no 4x100 m. Nos 200 m, na manhã deste domingo, venceu com 20.64 (0.6), igualando a marca de Bruno Pacheco, recorde da competição desde 2005.
"Acho que os resultados poderiam ser até um pouco melhores", lembrou o carioca de 22 anos, que correu os 200 m em 20.32 (-1.0) este ano. "No Sul-Americano do Uruguai e no Troféu Brasil, quero tentar correr mais rápido", completou, referindo-se ao Sul-Americano Sub-23 de Montevidéu e ao Troféu Brasil Caixa de São Paulo, marcados para outubro.

Nos 5.000 m, Daniel Ferreira do Nascimento, que completou 16 anos no último dia 28, conquistou a medalha de ouro, com o tempo de 14:32.05. Classificado para o Sul-Americano do Uruguai, Daniel quebrou o recorde sul-americano da prova da categoria menores (até 17 anos), que pertencia a Weverton Fidelis, com 14:32.5, desde 2013. Weverton (PR), campeão dos 1.500 m do Sub-23, neste sábado, terminou em terceiro nos 5.000 m, com 14:39.27, atrás de Victor Vinícius Alves (MT), com 14:38.90, segundo colocado.

Atleta de grande potencial, que treina com Alex Sandro Lopes na Orcampi/Unimed, em Campinas (SP), o atleta paulista representou o Brasil nos Jogos Olímpicos da Juventude, em agosto, em Nanquim, na China, ficando em segundo lugar na final B dos 2.000 m com obstáculos, com 6:01.84.

"Estou muito contente com o que está acontecendo na minha vida. Agradeço a todos os que me apoiam", comentou o atleta nascido na cidade de Paraguaçu Paulista.

Nos 10.000 m, a mineira Adriana Cristina da Luz comemorou a sua segunda medalha de ouro, depois de ter vencido na véspera os 5.000 m. Na verdade, a atleta que nasceu no Maranhão e adotou a cidadania de Minas Gerais há 9 anos comemorou o bicampeonato brasileiro nas duas provas. Os primeiros títulos foram conquistados em 2012, me Maringá (PR).

"Depois de correr muitas provas de rua, estou voltando para as pistas há quatro meses. É muito diferente. É muito mais rápido", disse, feliz, com mais duas medalhas de ouro na carreira. 

Outra atleta a ganhar duas de ouro foi a Izabela Rodrigues (SP), campeã do disco e do peso. Ela é a atual campeã mundial de juvenis do lançamento do disco.

No salto em altura, Fernando Carvalho Ferreira (SP) quebrou o recorde do torneio, com 2,21 m. O anterior era de 2,20 m, dividido por Talles Frederico Silva e Rafael Uchona, ambos de 2012.

Após oito provas no decatlo, Yuri Faustino da Silva (SP) mantém a liderança da competição, com 5.969 pontos. Renato Linhares dos Santos (SP) está em segundo lugar, com 5.824, seguido de Karinde Hilário da Silva (RJ), com 5.590.

Antes do início da terceira etapa da competição, houve uma comemoração especial em função do Dia da Independência. Foram hasteadas as bandeiras do Brasil, do Estado de São Paulo e da Cidade de São Paulo. Todos os presentes nas arquibancadas foram convidados a ouvir o Hino Nacional Brasileiro.

Na classificação parcial, após três etapas, São Paulo lidera com 50 medalhas (14 de ouro, 21 de prata e 15 de bronze), seguido por Rio de Janeiro, com 15 (6, 5 e 4) e pelo Paraná, com 7 (3, 0 e 4).

O Campeonato Brasileiro Caixa Sub-23 é uma realização da Confederação Brasileira de Atletismo, com co-realização da Federação Paulista de Atletismo, patrocínio da Caixa Econômica Federal e apoio do Governo do Estado de São Paulo.

Pódio da manhã deste domingo

5.000 m

1-Daniel Ferreira do Nascimento (SP) - 14:32.05
2-Victor Vinícius Alves (MT) - 14:39.90
3-Weverton Fidelis (PR) - 14:39.27

Arremesso do peso
1-William Braido (SP) - 18,63 m
2-William Denilson Dourado (SP) - 18,00 m
3-Rogério Almeida de Souza (SP) - 16,54 m

Salto em altura
1-Fernando Carvalho Ferreira (SP) - 2,21 m (RC)
2-Josué Lima da Costa (SP) - 2,19 m
3-Almir Cunha dos Santos (RS) - 2,16 m

Lançamento do dardo
1-Fernando Norbal Martins (MT) - 66,56 m
2-Maurício de Brito Filgueiras (SP) - 64,28 m
3-Carlos Alberto Barbosa (RJ) - 64,10 m

200 m (0.6)
1-Aldemir Gomes Junior (RJ) - 20.64 (Igualou RC)
2-Antonio Cesar Rodrigues (SP) - 20.78
3-Pedro Burmann (RS) - 21.16

200 m (0.8)
1-Karina da Rosa (SC) - 23.96
2-Bruna Jessica Farias (RJ) - 24.06
3-Tatiane dos Santos Pereira (SP) - 24.22)

10.000 m
1-Adriana Cristina da Luz (MG) - 36:26.24
2-Jessica Ladeira Soares (RJ) - 37:33.84
3-Nilva Pereira Nunes (BA) - 38:36.54

Salto em distância
1-Paula Catarina Neves (SP) - 6,40 m (0.9)
2-Jéssica Carolina dos Reis (SP) - 6,09 m (1.1)
3-Gabriele Sousa dos Santos (SP) - 6,08 m (-0.7)

Arremesso do peso
1-Izabela Rodrigues (SP) - 15,91 m
2-Esthefania Ribeiro da Costa (SP) - 15,46 m
3-Livia Avancini (PR) - 15,32 m

RC = Recorde do Campeonato

 Da Assessoria de Imprensa da CBAt

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Mayra Aguiar é campeã mundial na Rússia











A judoca gaúcha Mayra Aguiar, de 23 anos, consagrou-se campeã mundial da categoria meio-pesado feminino (até 78kg), nesta sexta-feira (29), no Mundial de Judô da Rússia. Mayra passou por todos os adversários e ganhou o ouro após derrotar a francesa Audrey Tcheumeo na decisão. 

Com o ouro, Mayra Aguiar, que nasceu em Porto Alegre, tornou-se a brasileira com o maior número de medalhas em mundiais, considerando-se tanto homens quanto mulheres. No total, ela tem quatro: além do ouro conquistado nesta sexta-feira, ela foi prata no Mundial de Tóquio em 2010, e bronze em Paris, em 2011, e no Rio de Janeiro, ano passado. 
A judoca gaúcha Mayra Aguiar, de 23 anos, consagrou-se campeã mundial da categoria meio-pesado feminino (até 78kg), nesta sexta-feira (29), no Mundial de Judô da Rússia. Mayra passou por todos os adversários e ganhou o ouro após derrotar a francesa Audrey Tcheumeo na decisão. 
A luta mais difícil de Mayra foi contra a sua grande rival, a americana Kayla Harrison, na semifinal. Ela já havia vencido Mayra na semifinal da Olimpíada de Londres, em 2012, quando consagrou-se campeã olímpica. Na ocasião, Mayra ficou com a medalha de bronze. Na Rússia, a gaúcha deu a volta por cima e venceu a adversária, passando para a final. 
Kayla terminou com o bronze. Esta é a 38ª medalha do Brasil em mundiais. Além de Mayra, já foram campeões mundiais Rafaela Silva (2013), Luciano Corrêa (2007), Tiago Camilo (2007) e João Derly (2005 e 2007).
Neste sábado (30), último dia de competição individual, cinco brasileiros vão lutar: Luciano Corrêa no meio-pesado e David Moura, Rafael Silva, Maria Suelen Altheman e Rochele Nunes no pesado. No domingo (31), serão disputadas as competições por equipe.