quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Atletas têm melhor situação financeira após carreira

Cacilda Luna, da Assessoria de Imprensa da FEA

Algumas carreiras são mais dinâmicas e têm ciclos curtos, como a dos esportistas de alto rendimento. Em determinado momento, apesar de jovens, eles são obrigados a se aposentar precocemente e pensar em outro meio de subsistência. Essa transição dos ex-atletas, alguns deles consagrados medalhistas olímpicos, para a nova realidade profissional foi objeto da tese de doutorado de Lina Eiko Nakata, defendida recentemente na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP. O objetivo do trabalho foi identificar e analisar os fatores que influenciam o processo de transição no encerramento da carreira esportiva. Os ex-atletas relataram uma melhor situação financeira pós-carreira esportiva e também se mostraram satisfeitos com os dois momentos de sua vida profissional.


Transição de carreira para maioria dos atletas entrevistados foi bem realizada
Com o título A transição de carreira do ex-atleta de alto rendimento, o estudo foi orientado pela professora Tania Casado, do programa de pós-graduação em Administração. Teorias de carreira esportiva são pouco estudadas na academia e há pouca ou nenhuma preparação para que esse profissional continue trabalhando após sua aposentadoria. Segundo Lina Nakata, as contribuições deste trabalho foram direcionadas aos atletas, às organizações esportivas, às universidades, aos pesquisadores da área de administração e aos gestores de políticas públicas.

Lina entrevistou 13 ex-atletas de modalidades individuais, dos quais 10 disputaram Jogos Olímpicos e seis tornaram-se medalhistas. Os entrevistados tinham entre 32 e 47 anos e vieram de modalidades como atletismo, natação, tênis, tênis de mesa, canoagem e esgrima. Todos encerraram suas carreiras nos últimos 10 anos. O mais jovem se aposentou aos 27 anos e o mais velho, com 44 anos.
Apesar dos desafios enfrentados pelos atletas serem complexos quando deixam suas práticas de alto desempenho para terem uma nova atuação profissional, os resultados da pesquisa mostraram que as transições de carreira para a maioria dos esportistas entrevistados foram bem realizadas, independente de terem continuado ou não no contexto esportivo. Um dado que surpreendeu a pesquisadora foi o fato dos ex-atletas relatarem uma melhor situação financeira pós-carreira esportiva e também de terem se mostrado satisfeitos com os dois momentos de sua vida profissional.


Aposentadoria
Em relação à tomada de decisão para a aposentadoria, 10 entrevistados declararam que ela foi voluntária, dois afirmaram que foi involuntária e um ainda está fase de transição. A pesquisadora ressaltou que, de um modo geral, quatro causas motivam a aposentadoria na carreira de um atleta de alto desempenho: lesão, idade, não seleção e livre escolha. A livre escolha foi a causa mais citada por sete dos respondentes. Também são citados na literatura, de acordo com Lina, o desejo da mudança e outros interesses pessoais, como constituir família.
Em alguns casos, as lesões costumam ser, isoladamente ou não, motivo para o término da carreira esportiva. Ao analisarem sua trajetória esportiva, apenas três apontaram a lesão como o único motivo para a aposentadoria. Entretanto, sete mencionaram a lesão como um ponto marcante na carreira, pois afetou de forma negativa sua performance. “De uma forma geral, eles mostraram que as lesões geram traumas e certo medo, além de serem razões importantes que apontam para a aposentadoria”, afirma a pesquisadora.

Para cinco dos entrevistados, a preocupação com a aposentadoria esteve ausente na maior parte da carreira. No entanto, segundo a pesquisadora, existem dois fatores que acendem o sinal de alerta para o esportista e nesse momento ele se dá conta de que a carreira tem dias contados: à medida que seu rendimento cai, e quando ele percebe que atletas mais jovens estão chegando, aumentando o risco de concorrência.

Lina Nakata destaca, ainda, que foi relevante verificar a importância de se manter uma rede de relacionamentos forte a fim de que a transição para a aposentadoria seja positiva e para que o processo se inicie já na própria carreira atlética. O apoio, formal ou informal, segundo ela, pode trazer resultados mais positivos, entre eles a satisfação do esportista, perspectivas, resultados na nova carreira e confiança do ex-atleta.
Foto: Marcos Santos / USP Imagens

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Virada Esportiva terá mais de 2.000 atividades espalhadas por toda a cidade


Oitava edição da Virada Esportiva, que acontece nos próximos dias 20 e 21, terá 32 horas de atividades de esporte e lazer em 400 endereços. Mais de 3,6 milhões de pessoas devem participar do evento



domingo, 7 de setembro de 2014

Aldemir Gomes conquista a 3ª de ouro no Brasileiro Caixa Sub-23

Aldemir Gomes Junior (Fernanda Paradizo/CBAt)

São Paulo - Aldemir Gomes Júnior (RJ) teve um fim de semana perfeito. Ele conquistou três medalhas de ouro no Campeonato Brasileiro Caixa Sub-23, que termina na tarde deste domingo, dia 7, no Estádio Adhemar Ferreira da Silva, no Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa, na Vila Clementino, em São Paulo (SP). 

Além das medalhas, o atleta que integrou a equipe olímpica do Brasil em Londres-2012, bateu o recorde do torneio nos 100 m e ajudou o time carioca a fazer o mesmo no 4x100 m. Nos 200 m, na manhã deste domingo, venceu com 20.64 (0.6), igualando a marca de Bruno Pacheco, recorde da competição desde 2005.
"Acho que os resultados poderiam ser até um pouco melhores", lembrou o carioca de 22 anos, que correu os 200 m em 20.32 (-1.0) este ano. "No Sul-Americano do Uruguai e no Troféu Brasil, quero tentar correr mais rápido", completou, referindo-se ao Sul-Americano Sub-23 de Montevidéu e ao Troféu Brasil Caixa de São Paulo, marcados para outubro.

Nos 5.000 m, Daniel Ferreira do Nascimento, que completou 16 anos no último dia 28, conquistou a medalha de ouro, com o tempo de 14:32.05. Classificado para o Sul-Americano do Uruguai, Daniel quebrou o recorde sul-americano da prova da categoria menores (até 17 anos), que pertencia a Weverton Fidelis, com 14:32.5, desde 2013. Weverton (PR), campeão dos 1.500 m do Sub-23, neste sábado, terminou em terceiro nos 5.000 m, com 14:39.27, atrás de Victor Vinícius Alves (MT), com 14:38.90, segundo colocado.

Atleta de grande potencial, que treina com Alex Sandro Lopes na Orcampi/Unimed, em Campinas (SP), o atleta paulista representou o Brasil nos Jogos Olímpicos da Juventude, em agosto, em Nanquim, na China, ficando em segundo lugar na final B dos 2.000 m com obstáculos, com 6:01.84.

"Estou muito contente com o que está acontecendo na minha vida. Agradeço a todos os que me apoiam", comentou o atleta nascido na cidade de Paraguaçu Paulista.

Nos 10.000 m, a mineira Adriana Cristina da Luz comemorou a sua segunda medalha de ouro, depois de ter vencido na véspera os 5.000 m. Na verdade, a atleta que nasceu no Maranhão e adotou a cidadania de Minas Gerais há 9 anos comemorou o bicampeonato brasileiro nas duas provas. Os primeiros títulos foram conquistados em 2012, me Maringá (PR).

"Depois de correr muitas provas de rua, estou voltando para as pistas há quatro meses. É muito diferente. É muito mais rápido", disse, feliz, com mais duas medalhas de ouro na carreira. 

Outra atleta a ganhar duas de ouro foi a Izabela Rodrigues (SP), campeã do disco e do peso. Ela é a atual campeã mundial de juvenis do lançamento do disco.

No salto em altura, Fernando Carvalho Ferreira (SP) quebrou o recorde do torneio, com 2,21 m. O anterior era de 2,20 m, dividido por Talles Frederico Silva e Rafael Uchona, ambos de 2012.

Após oito provas no decatlo, Yuri Faustino da Silva (SP) mantém a liderança da competição, com 5.969 pontos. Renato Linhares dos Santos (SP) está em segundo lugar, com 5.824, seguido de Karinde Hilário da Silva (RJ), com 5.590.

Antes do início da terceira etapa da competição, houve uma comemoração especial em função do Dia da Independência. Foram hasteadas as bandeiras do Brasil, do Estado de São Paulo e da Cidade de São Paulo. Todos os presentes nas arquibancadas foram convidados a ouvir o Hino Nacional Brasileiro.

Na classificação parcial, após três etapas, São Paulo lidera com 50 medalhas (14 de ouro, 21 de prata e 15 de bronze), seguido por Rio de Janeiro, com 15 (6, 5 e 4) e pelo Paraná, com 7 (3, 0 e 4).

O Campeonato Brasileiro Caixa Sub-23 é uma realização da Confederação Brasileira de Atletismo, com co-realização da Federação Paulista de Atletismo, patrocínio da Caixa Econômica Federal e apoio do Governo do Estado de São Paulo.

Pódio da manhã deste domingo

5.000 m

1-Daniel Ferreira do Nascimento (SP) - 14:32.05
2-Victor Vinícius Alves (MT) - 14:39.90
3-Weverton Fidelis (PR) - 14:39.27

Arremesso do peso
1-William Braido (SP) - 18,63 m
2-William Denilson Dourado (SP) - 18,00 m
3-Rogério Almeida de Souza (SP) - 16,54 m

Salto em altura
1-Fernando Carvalho Ferreira (SP) - 2,21 m (RC)
2-Josué Lima da Costa (SP) - 2,19 m
3-Almir Cunha dos Santos (RS) - 2,16 m

Lançamento do dardo
1-Fernando Norbal Martins (MT) - 66,56 m
2-Maurício de Brito Filgueiras (SP) - 64,28 m
3-Carlos Alberto Barbosa (RJ) - 64,10 m

200 m (0.6)
1-Aldemir Gomes Junior (RJ) - 20.64 (Igualou RC)
2-Antonio Cesar Rodrigues (SP) - 20.78
3-Pedro Burmann (RS) - 21.16

200 m (0.8)
1-Karina da Rosa (SC) - 23.96
2-Bruna Jessica Farias (RJ) - 24.06
3-Tatiane dos Santos Pereira (SP) - 24.22)

10.000 m
1-Adriana Cristina da Luz (MG) - 36:26.24
2-Jessica Ladeira Soares (RJ) - 37:33.84
3-Nilva Pereira Nunes (BA) - 38:36.54

Salto em distância
1-Paula Catarina Neves (SP) - 6,40 m (0.9)
2-Jéssica Carolina dos Reis (SP) - 6,09 m (1.1)
3-Gabriele Sousa dos Santos (SP) - 6,08 m (-0.7)

Arremesso do peso
1-Izabela Rodrigues (SP) - 15,91 m
2-Esthefania Ribeiro da Costa (SP) - 15,46 m
3-Livia Avancini (PR) - 15,32 m

RC = Recorde do Campeonato

 Da Assessoria de Imprensa da CBAt

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Mayra Aguiar é campeã mundial na Rússia











A judoca gaúcha Mayra Aguiar, de 23 anos, consagrou-se campeã mundial da categoria meio-pesado feminino (até 78kg), nesta sexta-feira (29), no Mundial de Judô da Rússia. Mayra passou por todos os adversários e ganhou o ouro após derrotar a francesa Audrey Tcheumeo na decisão. 

Com o ouro, Mayra Aguiar, que nasceu em Porto Alegre, tornou-se a brasileira com o maior número de medalhas em mundiais, considerando-se tanto homens quanto mulheres. No total, ela tem quatro: além do ouro conquistado nesta sexta-feira, ela foi prata no Mundial de Tóquio em 2010, e bronze em Paris, em 2011, e no Rio de Janeiro, ano passado. 
A judoca gaúcha Mayra Aguiar, de 23 anos, consagrou-se campeã mundial da categoria meio-pesado feminino (até 78kg), nesta sexta-feira (29), no Mundial de Judô da Rússia. Mayra passou por todos os adversários e ganhou o ouro após derrotar a francesa Audrey Tcheumeo na decisão. 
A luta mais difícil de Mayra foi contra a sua grande rival, a americana Kayla Harrison, na semifinal. Ela já havia vencido Mayra na semifinal da Olimpíada de Londres, em 2012, quando consagrou-se campeã olímpica. Na ocasião, Mayra ficou com a medalha de bronze. Na Rússia, a gaúcha deu a volta por cima e venceu a adversária, passando para a final. 
Kayla terminou com o bronze. Esta é a 38ª medalha do Brasil em mundiais. Além de Mayra, já foram campeões mundiais Rafaela Silva (2013), Luciano Corrêa (2007), Tiago Camilo (2007) e João Derly (2005 e 2007).
Neste sábado (30), último dia de competição individual, cinco brasileiros vão lutar: Luciano Corrêa no meio-pesado e David Moura, Rafael Silva, Maria Suelen Altheman e Rochele Nunes no pesado. No domingo (31), serão disputadas as competições por equipe.

sábado, 2 de agosto de 2014

Ibero-Americano termina neste domingo



Izabela Rodrigues compete no arremesso do peso (Wagner Carmo/CBAt)

São Paulo - Com a disputa de 21 provas - 18 finais e as três últimas do heptatlo -, termina neste domingo dia 3 a 16ª edição do Campeonato Ibero-Americano de Atletismo, no Estádio Ícaro de Castro Mello, no Ibirapuera, em São Paulo. Como os anteriores, o último dia será dividido em duas etapas: a primeira das 09:00 às 11:30 e a segunda das 15:00 às 16:50.

A entrada é gratuita para o público.

O objetivo da delegação brasileira é a conquista do oitavo título da competição, já que venceu as edições de Manaus-1990 (Brasil), Mar del Plata-1994 (Argentina), Rio de Janeiro-2000 (Brasil), Cidade da Guatemala-2002 (Guatemala), Ponce-2006 (Porto Rico), Iquique-2008 (Chile) e Barquisimeto-2012 (Venezuela).

Uma das atrações neste domingo será a paulista Izabela Rodrigues da Silva, que disputará a final do arremesso do peso, a partir das 09:10. A atleta, que completa 19 anos neste sábado dia 2, conquistou na semana passada a medalha de ouro no lançamento do disco no Campeonato Mundial de Juvenis, disputado em Eugene, nos Estados Unidos.

"Antes de viajar aos Estados Unidos eu já estava convocada no peso para o Ibero-Americano. É uma prova que também gosto de disputar", disse a atleta, que terá a companhia de Kelly Medeiros como representante do Brasil na final deste domingo.

Entre as estrangeiras inscritas na final do peso estão a chilena Natalia Duco, a colombiana Sandra Rivas e a moçambicana Salomé Mugabe.

Dos 29 países que compõem a Associação Ibero-Americana de Atletismo, 24 estão representados em São Paulo. A competição reúne nestes três dias de eventos 365 atletas.

O 16º Campeonato Ibero-Americano de Atletismo 2014 é uma realização da Confederação Brasileira de Atletismo, com patrocínio da CAIXA e apoio do Governo do Estado de São Paulo e da Federação Paulista de Atletismo.
Da Assessoria de Imprensa da CBAt

Seleção Brasileira alcança 13 pódios no primeiro dia e lidera Ibero-Americano

Juliana de Paula Gomes dos Santos deu ouro ao Brasil nos 3.000 m (Fernanda Paradizo/CBAt)

São Paulo - O Brasil lidera o quadro de medalhas do 16º Campeonato Ibero-Americano de Atletismo, que começou ontem e termina amanhã dia 3, no Estádio Ícaro de Castro Mello, no Ibirapuera, em São Paulo. Depois das 12 finais disputadas na sexta-feira, a Seleção nacional deu um passo importante na busca do oitavo título por equipes da competição.

Os brasileiros têm cinco medalhas de ouro, quatro de prata e quatro de bronze. A Espanha ocupa o segundo lugar, com duas medalhas de ouro, uma de prata e uma de bronze. Em terceiro está o Peru, com uma de ouro, uma de prata e duas de bronze. Mais oito países colocaram atletas no pódio: Peru, Argentina, Venezuela, México, República Dominicana, Colômbia, Portugal e Porto Rico.

O País segue em busca, ainda, de outra marca: superar Cuba no número total de medalhas de ouro na história do evento, disputado pela primeira vez em Barcelona, na Espanha, em 1983. Com as finais de ontem, a equipe nacional alcançou 158 ouros e está a três de Cuba, que tem 161. Já no quadro total de medalhas o Brasil ampliou sua liderança, com 457 pódios, contra 339 da Espanha, a segunda colocada.

 Da Assessoria de Imprensa da CBAt