sexta-feira, 18 de junho de 2010

Filme traz Pelé de volta aos gramados

 

 

 

Filme “1284”

O filme “1284” mostra Pelé, aos 70 anos, correndo atrás de mais um sonho: fazer o último gol da carreira com a camisa canarinho. Afinal, o craque brasileiro marcou seu último gol, até então, pelo New York Cosmos, contra o Santos, em 1977, no Giants Stadium, nos Estados Unidos. De volta aos gramados, entre os jogadores da Seleção, com a equipe e a torcida brasileira em delírio, o Rei vestindo a camisa 10 parte para a bola, no clássico Brasil x Argentina. Narradores e jornalistas do mundo todo estão no estádio para acompanhar a partida.

 

No primeiro tempo, com a marcação cerrada, várias chances de gol são desperdiçadas. Os argentinos não aliviam e ainda fazem uma falta dura em Pelé, que ameaça parar. Incentivado por Carlos Alberto Torres, capitão da Seleção Brasileira na Copa de 70, o craque retorna para o segundo tempo.

 

Quando começa a demonstrar cansaço, o jogador confirma que quem é Rei nunca perde a majestade.  Recebe uma bola, ainda próximo ao meio de campo, acredita e vai com muita raça e determinação rumo ao gol e chuta.  O trajeto da bola é lento, mas, seu destino é certo: Pelé marca seu último gol pela Seleção, e repete algumas das cenas consagradas na história do futebol mundial, incluindo o  tradicional soco no ar.  O encerramento fica por conta do letreiro “Ele fez 1.283 gols por nós. Ele merecia que a gente fizesse esse por ele. Obrigado, Pelé”.

 

Com sete minutos de duração, “1284” foi rodado no Estádio do Morumbi em São Paulo. De acordo com Marco Versolato, vice-presidente de criação da Y&R, o maior desafio foi reproduzir a realidade com todos os seus detalhes. “Mesmo sendo uma ficção, procuramos produzir uma partida como se fosse uma história real. E, Pelé aos 70 anos contra a Argentina, não seria nada fácil”, comenta.  A produção contou com uma estrutura cinematográfica de 250 profissionais e mais de 500 pessoas no elenco. Também foram escalados alguns jogadores profissionais e vários ícones do esporte e do jornalismo brasileiro como Rivellino, Carlos Alberto Torres, Orlando Duarte e Osmar de Oliveira -, que sempre acompanharam a carreira de Pelé.

 

 A criação do curta-metragem é de Alexandre Vilela (Xã), Felipe Gall e Marco Versolato, que também assinam a direção de criação. A produção é da O2 Filmes, com direção de cena de Luciano Moura e Nando Olival e produção executiva do cineasta Fernando Meireles, um dos sócios da produtora.

 

O filme conta com exibição exclusiva na internet, no link  http://www.youtube.com/watch?v=GYpf1tVJLOg&feature=channel ou na página www.euvivoaselecao.com.br .

 

 

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Lula quer que federações de esportes apresentem metas para a área até 2014

Yara Aquino

Repórter da Agência Brasil

Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu hoje (4) ao ministro do Esporte, Orlando Silva, que cobre dos presidentes de federações de esportes a apresentação de planos de metas com ações previstas até 2014. Com metas definidas, o presidente lembrou que será mais fácil fiscalizar a aplicação dos recursos. "Porque todo dinheiro a gente tem que colocar com base num plano de metas a ser perseguido por eles [dirigentes de federações] e fiscalizado por todos nós", disse Lula, ao participar da 3ª Conferência Nacional do Esporte.

Lula também falou sobre a necessidade de convencer prefeitos e governadores da importância de garantir espaços públicos para a prática de esportes. "Nós precisamos convencer os quase 6 mil prefeitos desse país a acreditar que o esporte é um das possibilidades que temos de encaminhar corretamente a juventude brasileira. Os espaços públicos para práticas de esportes são quase inexistentes".

Aos participantes da conferência, Lula relatou a emoção vivida na cerimônia em que o Brasil foi escolhido para sediar as Olimpíadas de 2016 e disse que o evento será uma prova de fogo para o país. "Quando chegar as Olimpíadas, nossa cara vai aparecer do jeito que nós somos. Se trabalharmos corretamente, vamos sair na foto com uma cara bonita, se ficarmos esperando que a natureza dê conta das coisas, vamos ficar com uma cara feia". 

A meta da 3ª Conferência Nacional do Esporte, que começou ontem (3) e vai até domingo (6), é discutir e aprovar um plano decenal com ações para consolidar o esporte e o lazer como política de Estado. O tema do plano é 10 Pontos em 10 Anos para Projetar o Brasil entre os 10 Mais. Os fundamentos para elaborar o documento foram discutidos em conferências municipais e estaduais de acordo com dez linhas estratégicas tais como: financiamento do esporte, infraestrutura esportiva, formação e valorização profissional e esporte de alto rendimento.


Edição: Lana Cristina


quinta-feira, 4 de março de 2010

Esporte ajudou a consolidar identidades no Brasil

 

04/03/2010

Esporte ajudou a consolidar identidades no Brasil

O livro "História do esporte no Brasil: do Império aos dias atuais" revela que o esporte desempenhou funções sociais e mesmo políticas, no Brasil e no mundo.

 

AGÊNCIA NOTISA - Sede da Copa de Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos dois anos depois (2016), o país não só é destaque global absoluto no futebol, como, segundo pesquisadores, os esportes podem ser considerados em sua prática e divulgação como formadores de identidade e unidade nacional. Neste sentido, o livro "História do esporte no Brasil: do Império aos dias atuais", recém lançado pela editora Unesp e organizado pela historiadora e professora Mary Del Priore (Universo/Niterói) e pelo historiador e professor de Educação Física Victor Andrade de Melo (UFRJ), pode ser uma alternativa eficaz para um conhecimento mais abrangente sobre o assunto, no momento, inclusive, em que setores das sociedades civil e política se mobilizam para discutir incrementos às políticas esportivas.   

 

O release enviado pela assessoria de imprensa da Editora da Unesp afirma que a publicação "percorre todos os contextos históricos no qual o esporte está inserido, desde o século 19 até os dias atuais, mostrando o quanto este assunto está ganhando espaço entre os meios de comunicação e as principais publicações". Além disso, seu objetivo principal seria "ajudar a entender melhor a História do Brasil".

 

De acordo com o texto do informe "a publicação mostra a reunião de diversos tipos de classe, gênero e etnia em uma ideia de nação única, em um país que é tão reconhecido pelo seu futebol, principalmente, e seu grande  destaque e sucesso nas diferentes modalidades esportivas". Em entrevista exclusiva para a Agência Notisa, o autor Victor Andrade de Melo faz considerações sobre a pesquisa e a importância do esporte.

 

Notisa – Baseado em suas pesquisas, quais papéis o esporte desempenhou ao longo da história, nas diversas regiões do Brasil?

 

Victor – Não só no Brasil, mas no mundo, o esporte desempenhou várias funções. Políticas, por exemplo, tanto no sentido de organização – mesmo para contraposição de idéias majoritárias (exemplo, equipes de certas categorias profissionais que queriam afirmar suas bandeiras de luta) – quanto no sentido de encaminhar propostas de controle (exemplo, o uso do esporte no âmbito do Governo Vargas, para fins políticos). Mas, talvez seja possível afirmar que a principal função do esporte foi ajudar na consolidação de identidades (de gênero, de classe, de categorias profissionais, bem como locais e nacionais).

 

Notisa – Para o senhor, o esporte desempenhou (e desempenha) uma função de catalisador do sentimento de nação no Brasil?

 

Victor – Sim e é provável que tenha sido um dos principais elementos nacionais a contribuir para a construção do sentimento de nação, graças, fundamentalmente, a seu papel de "performance" pública internacional. No Brasil tal processo fica demonstrado desde o governo Vargas, inserido nas peculiaridades históricas daquele momento e no diálogo com as idéias do antropólogo e escritor Gilberto Freyre, (acerca de um suposto "jeito brasileiro de jogar futebol").

 

Notisa - Além do futebol, os outros esportes também assumem uma posição histórica importante?

 

Sim, assim como o futebol, outros esportes assumiram funções semelhantes. No Brasil, nenhum outro no mesmo grau, com a mesma duração e mesmo com a relevância do velho esporte bretão, mas é bom lembrar que em outros países do mundo, outros esportes ocupam a função de "esporte-rei".

 

Nota da redação: a divisão do livro por capítulos com os respectivos autores está disponibilizada no site do Laboratório de História do Esporte e Lazer do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ em  http://www.sport.ifcs.ufrj.br/destaques/hbesporte2009.html.

 

Agência Notisa (science journalism – jornalismo científico)

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Evento contará com os colaboradores da obra e com o ex-jogador Pepe, companheiro de Pelé nas épocas áureas do Santos

           Será lançado no próximo dia 6 de março, às 17h, na livraria Cultura do Shopping Bourbon, em São Paulo (SP), o livro Pelé 70, em homenagem ao aniversário de 70 anos do Rei, em 23 de outubro. Idealizado por José Luiz Tahan, da Editora Realejo, e Pedro Saad, da Editora Brasileira, a obra mostra imagens raras da carreira do Rei com depoimentos marcantes de personalidades que acompanharam de perto passagens históricas do maior jogador de futebol de todos os tempos.

        Além dos editores, estarão presentes os jornalistas Michel Laurence, Roberto Muylaert e Xico Sá, colaboradores da publicação, e também o ex-jogador José Macia, o Pepe, segundo maior artilheiro da história do Santos, que também registrou sua marca na publicação com uma história sobre o primeiro encontro que teve com Pelé na Vila Belmiro.

Para o editor José Luiz Tahan, que tem experiência no mercado editorial como livreiro há 20 anos, a fotobiografia pode ser considerada uma obra de arte. “Pelé 70 tem formato totalmente diferenciado, com fotos e fatos inéditos da carreira dele, alguns inusitados e que surpreenderam até mesmo o próprio Pelé”, disse. 

“No ano de Copa do Mundo na África do Sul, um sonho do Rei,  do aniversário de 40 anos do tricampeonato do Brasil em 70, nada mais apropriado do que uma fotobiografia do maior do mundo como um presente para o povo brasileiro, que é apaixonado por futebol”, explica José Luiz Tahan, editor da Realejo, e idealizador da Tarrafa Literária. “Como Pelé é querido mundialmente, Pelé 70 já sai em edição bilíngüe”, completa Tahan. Durante o evento, escritores, editores e colaboradores autografarão exemplares da obra, que terão a opção de dez capas diferentes. 

Serviço:

Evento: Lançamento Livro Pelé 70

Editoras: Realejo e Brasileira (Santos)

Idealizador: José Luiz Tahan e Pedro Saad

Preço: R$ 149,90

Data: 6 de março

Horário: 17h00

Local: Livraria Cultura do Shopping Bourbon

Endereço: Rua Turiassu, 2100, Pompéia, São Paulo

Fotos: Tres das dez opções de capas disponíveis

Crédito: Divulgação

Museu do Futebol apresenta série "Brasil nas Copas"

 

Museu do Futebol apresenta série “Brasil nas Copas”

 

De fevereiro a maio, oito encontros discutirão a participação brasileira nas Copas, desde 1930 até 2006.

 

O Museu do Futebol – instituição do Governo do Estado de S. Paulo, localizado no Estádio do Pacaembu - inicia no dia 27 de fevereiro a série Brasil nas Copas, um ciclo de atividades que discute a participação do Brasil em cada uma das 17 Copas do Mundo disputadas pela seleção canarinho. A série conta com a presença de jornalistas e pesquisadores que irão debater o tema em oito sessões. Os encontros também contam com a exibição de filmes ligados ao assunto.

 

Para inaugurar a série Brasil nas Copas, o jornalista e pesquisador Max Gehringer comanda um debate sobre o tema “Copas do Pré-Guerra”, abordando o desempenho brasileiro nos três primeiros mundiais da história do futebol: 1930, 1934 e 1938. Todos os encontros são abertos ao público e terão distribuição de senhas 30 minutos antes do início.

 

Sobre o Museu do Futebol – O Museu do Futebol é uma organização social vinculada à Secretaria de Cultura do Governo do Estado. Sua realização se deu com recursos do próprio Governo do Estado e da Prefeitura de São Paulo – por meio da Secretaria de Esportes e da São Paulo Turismo – a partir de projeto concebido pela Fundação Roberto Marinho em parceria com Telefonica, Ambev, Visanet, Santander e Rede Globo, sob os auspícios da Lei Federal de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura. 

 

 

Programação completa – Brasil nas Copas:

 

27/02

Tema: Copas do Pré-Guerra (Copas de 1930, 1934 e 1938)

Horário: 10 às 12 horas

Convidados: Max Gehringer

 

06/03

Tema: Complexo de Vira-Lata (Copas de 1950 e 1954)

Horário: 10 às 12 horas

Convidados: Roberto Muylaert e Geneton Moraes Neto

 

20/03

Tema: O Bicampeonato (Copas de 1958 e 1962)

Horário: 10 às 12 horas

Convidados: Francisco Michielin e José Carlos Asberg

 

27/03

Tema: A Volta Por Cima (Copas de 1966 e 1970)

Horário: 10 às 12 horas

Convidados: Antônio Carlos Napoleão (a confirmar)  e Ivan Soter 

 

10/04

Tema: Nos Tempos da Ditadura (Copas de 1974 e 1978)

Horário: 10 às 12 horas

Convidados: Valmir Storti e Rafael Casé

 

24/04

Tema: A Era Telê (Copas de 1982 e 1986)

Horário: 10 às 12 horas

Convidados: André Fontenelle e Marcelo Unti

 

08/05

Tema: A Era Dunga (Copas de 1990, 1994 e 1998)

Horário: 10 às 12 horas

Convidados: Maurício Noriega (a confirmar) e Gustavo Carvalho

 

29/05

Tema: Século XXI (Copas de 2002, 2006 e 2010)

Horário: 10 às 12 horas

Convidados: Vladir Lemos e Milton Leite (a confirmar)

 

 

Serviço:

Série “Brasil nas Copas” no Museu do Futebol

Data: 27/02 – sábado

Horário: das 10 às 12 horas

Local: Auditório Armando Nogueira (Museu do Futebol – Praça Charles Miller, s/nº)

Entrada gratuita (senhas serão distribuídas 30 minutos antes)

Site: www.museudofutebol.org.br

Telefone: (11) 3664-3848

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Estádios da Copa de 2014 serão arenas multiuso

 

Campos esportivos promoverão cultura, turismo, esporte e lazer antes, durante e depois dos jogos

 

São Paulo (09/02/10) O que é uma arena de futebol? Há uma diferença conceitual que as singulariza diante dos estádios que hoje o Brasil conhece. Além do uso básico e fundamental, garantir espaço para as partidas das seleções, as arenas viabilizam diversos espectros econômicos que sustentam o fluxo de visitantes durante os jogos de futebol.

 

Um dos setores que serão impulsionados por essas novas estruturas é o turismo, segundo Rodolfo Torres, Gerente do Departamento de Desenvolvimento Urbano e Regional do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Elas constituirão um novo paradigma do futebol mundial: "Sem arenas, não teremos Copa. Elas integrarão o futebol à inserção sócio-esportiva dos visitantes, além da sustentabilidade ambiental. A Copa se espalha pela economia, o que é uma oportunidade que não pode ser desperdiçada", definiu.

 

Para o BNDES, esses equipamentos esportivos são prioridade de financiamento. Por intermédio do ProCOPA Arenas, o banco visa dar suporte à "construção de campos multiuso de tamanho padrão, o que gira em torno de 45 mil lugares, e autossustentáveis do ponto de vista das operações pós-Copa e do custo de manutenção da estrutura", definiu.

 

Ao todo, o BNDES dispõe de R$ 4,8 bilhões para custeio de arenas brasileiras. O teto financiado será de R$ 400 milhões por estádio, com prazo de 15 anos para pagamento e até 3 anos de carência. A instituição financeira estima que com até R$ 530 milhões será possível erguer completamente uma arena com todas as especificações técnicas exigidas pela FIFA.

 

EXPERIÊNCIA SUL-AFRICANA

 

A cidade de Durban, na costa ocidental da África do Sul, segue a tendência de construção das novas arenas de futebol. Conforme Eric Apelgren, coordenador de relações governamentais para a Copa do Mundo 2010, o caráter multifuncional da arena municipal viabiliza a sustentabilidade econômica desse espaço, pós 2010. "Mais que ser uma estrutura moderna, o conceito permite que o estádio seja usado sete dias da semana", explicou.

 

O futebol, portanto, não será a única fonte de renda desse tipo de estádio. "Buscamos um projeto que possa gerar renda extra e que assegure às áreas de recepção o seu uso durante ou depois da Copa, em outras formas de entretenimento". Um exemplo são as áreas vip, as suítes e o teleférico, já instalado e em pleno funcionamento, que já atrai turistas ávidos pela vista completa da obra de engenharia contemporânea. "Esses espaços são comercialmente viáveis, juntamente com outras áreas públicas ali criadas. O projeto inclui um anfiteatro, área aberta, playground, pista de corrida, restaurantes. Queremos uma Copa muito maior que o próprio futebol", observou. (Mtur)